
Somente Reclamando
Um monge vive em um mosteiro, onde tem de fazer um voto de silêncio. Ele só pode dizer duas palavas a cada década. A rotina diária do monge consiste em levantar às 3h 30 da manhã, de uma cama que não é mais do que uma prancha de madeira, rezar durante horas a fio, ajoelhando em um chão de pedra, e copiar bíblias à mão. O monge segue sua rotina dia após dia, durante dez anos, sem dizer uma só palavra. Um dia, o abade chama o monge e lhe concede permissão para pronunciar suas duas palavras. O monge olha para o abade com os olhos cansados e diz.
_Cama dura.
Depois de dizer isso, o monge volta à sua labuta, levantando às 3h 30, rezando, comendo uma papa sem gosto, copiando bíblias e dormindo em uma cama que não passa de uma prancha de madeira. Passa-se mais um ano, E outro. Passam-se mais cinco. E mais dez. Depois de vinte anos nessa rotina imutável, o monge é novamente convocado pelo abade, que lhe concede permissão para dizer mais duas palavras. Sem hesitar, o monge murmura:
_Comida pavorosa.
E volta à sua triste rotina. Depois de mais uma década de silêncio, despertando antes do nascer do sol, comendo papas sem gosto, fazendo cópias, rezando e dorminido sem descansar sobre uma prancha de madeira, o monge novamente vai até o abade para dizer duas palavras.
O monge encurvado, cansado e frágil, levanta os olhos para o abade e diz.
_Eu desisto.
O abade retruca.
_Ótimo! Você só faz reclamar desde que chegou aqui.”
Autor desconhecido.
Aprendizado: Quando dedicamos o tempo precioso que temos só com reclamações perdemos oportunidades de crescermos. Reclamações sem a busca de soluções não nos leva a lugar nenhum só aumentam as dificuldades.
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